quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Varal de pensamentos.


Sempre pensei que na vida como uma coisa normal, a qual todas as pessoas possuem e, um dia, perdem. Desde criança me foi passado que uma pessoa nasce, vive e morre, mas foram pouquíssimas as pessoas que me falaram sobre o ato de viver.
Por mais que saibamos da nossa futura morte, quase nunca pensamos no que podemos fazer enquanto vivemos. Enquanto podemos fazer algo. Ajudar uma pessoa não significa apenas ajudá-la a atravessar a rua, mostrar como devem ser desvendados os mistérios da matemática ou da própria história. Isso seria muito pouco. Creio que há muito mais que isso por fazer. Aprendi que “ajudar” pode ser algo realizado de várias maneiras. Ações ou palavras... é tudo relativo.
Por mais que você ajude uma pessoa a fazer algo que ela sempre quis, talvez o que ela mais precise seja de uma palavra. Uma simples palavra. “Vá em frente!”, “Você consegue!”, “Deus não irá falhar”... não importa o que seja, palavras são palavras. Cada uma tem sua importância. Há pessoas que tentam fazer as coisas mais fisicamente impossíveis, mas que nunca pensam que talvez dizendo a coisa certa no momento certo, tudo se resolverá.
Sabe... sempre acreditei na força das palavras. Embora não saiba que rumo devo dar á minha vida – se devo ou não lidar com essa arma tão poderosa pelo resto da vida -, sei que nunca irei parar de escrever. É algo que me liberta e me faz sentir melhor. Quando estou feliz, escrevo. Quando estou triste, escrevo. É incrível, mas parece que as minhas lágrimas conseguem gerar letras. Sinto que se eu chegar a parar de escrever, será o dia da minha ruína. Porque, parando, não terei como expressar tudo o que sinto e que não consigo dizer a ninguém. E mesmo não conseguindo expressar os meus verdadeiros sentimentos, esse é o mais lindo meio que encontro de conversar comigo mesma.
Não sei porquê algumas pessoas vão á terapeutas quando existe papel e lápis. Ou até mesmo um Microsoft Word, que seja. Já ouvi (e acredito) que o melhor psicólogo é Deus. Mas também acredito que nós somos os melhores terapeutas. Cada um deveria lidar com os próprios problemas e tristezas. Deus só deveria ser “incomodado” quando as coisas se tornam impossíveis, ou então quando agradecemos por tudo. Mas sabe? Sei que é quando o possível se torna impossível que Deus começa a agir. Se não fosse assim, nenhum limite seria superado.
Mudando ou não o curso dos meus pensamentos, escrever é meu vício. E embora eu saiba disso, nunca vou querer uma cura para o meu remédio.

4 comentários:

  1. Claro! Eu nunca morreria pelo meu país. Aliás, como isto está por aqui eu provavelmente vou emigrar xD Mas nunca me esquecerei das minha raízes, principalmente da minha cidade que tanto amo: Lisboa.
    Nada contra, mas nesse jogo estava do lado da Holanda (a). Gosto bué da Holanda como país, e como é aqui na Europa (pertinho) eu estava do lado deles. Até na final estava no lado deles, mas não teve que ganhar "nuestros hermanos": Espanha -.-

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  2. Também acredito na força da palavra, com muita convicção. Escrevendo, você se entende melhor e até conversa consigo mesma. É um vício que faz bem. Não pare mesmo.
    ;*

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  3. As palavras têm um grande poder mesmo. Na ausência delas, somente olhos, sorrisos e abraços.

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  4. "Não sei porquê algumas pessoas vão á terapeutas quando existe papel e lápis. Ou até mesmo um Microsoft Word, que seja." Nossa, realmente disse tudo nessa simples frase. Escrever, pelo menos pra mim, é a melhor coisa que existe. Tanto nos momentos bons, quantos principalmente, nos ruins. Seu blog é maravilhoso, parabéns mesmo! Estou seguindo, e estarei aqui mais vezes. Se puder dar uma olhada:
    http://memorias-escritas.blogspot.com/
    Beijos

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