quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Gato Preto - Parte 2

Antes de dar continuação à história de Edgar Allan Poe, quero dizer que o retiro foi mara. *-*
HSUAHSUAHSUAHSUAHSHA.
me diverti pakas. \õ\
Oh, sim. Também tenho algo a lhes recomendar:
A fic da minha mãe - de mentira -. O nome é O Auto-controle de Edward.
É simplesmente ótima! Não é só porque a autora é minha melhor amiga não, mas é uma ótima adaptação das obras da Stephanie Meyer. Vale realmente a pena conferir.
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=54871656

Bom, agora sim vou dar continuidade à história do post anterior.
Se há alguém que não leu e que sente vontade de ler, basta ir aos marcadores e clicar em "histórias". ^^
Boa leitura. :)

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O Gato Preto - Parte 2
Edgar Allan Poe

Certa noite, ao voltar a casa, muito embriagado, de uma de minhas andanças pela cidade, tive a impressão de que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.

Quando, com a chegada da manhã, voltei à razão _ dissipados já os vapores de minha orgia noturna, experimentei, pelo crime que praticara, um sentimento que era um misto de horror e remorso; mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, pois minha alma permaneceu impassível. Mergulhei novamente em excessos, afogando logo no vinho a lembrança do que acontecera.

Entrementes, o gato se restabeleceu, lentamente. A órbita do olho perdido apresentava, é certo, um aspecto horrendo, mas não parecia mais sofrer qualquer dor. Passeava pela casa como de costume, mas, como bem se poderia esperar, fugia, tomado de extremo terror, à minha aproximação. Restava-me ainda o bastante de meu antigo coração para que, a princípio, sofresse com aquela evidente aversão por parte de um animal que, antes, me amara tanto. Mas esse sentimento logo se transformou em irritação. E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade. Desse espírito, a filosofia não toma conhecimento. Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante mesmo quando estamos no melhor do nosso juízo, para violar aquilo que é lei, simplesmente porque a compreendemos como tal? Esse espírito de perversidade, digo eu, foi a causa de minha queda final. O vivo e insondável desejo da alma de atormentar-se a si mesma, de violentar sua própria natureza, de fazer o mal pelo próprio mal, foi o que me levou a continuar e, afinal, a levar a cabo o suplício que infligira ao inofensivo animal. Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado _ um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.

Na noite do dia em que foi cometida essa ação tão cruel, fui despertado pelo grito de “fogo!”. As cortinas de minha cama estavam em chamas. Toda a casa ardia. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens terrenos foram tragados pelo fogo, e, desde então, me entreguei ao desespero.
Continua...

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Eu realmente espero que estejam gostando. Mas, pra ser sincera, a parte dessa história que mais gosto é a ultima frase.
Então espero que vocês continuem acompanhando. ^^
Obrigada pela visita e pelo tempo gasto aqui. :D
:***

8 comentários:

  1. Gostei das boas notícias do retiro. E a idéia de postar as histórias foi muito boa. Estou acompanhando. Beijos

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  2. leitura nunca é perca de teeeempo poxa vida :D

    AOSDOASODOASODOASOD;

    umbeijo:*

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  3. Oiie :D
    To morrendo de preguiça de ler, admito.
    então leio depois. ou então vc me manda pelo msn (:

    hoho
    :D
    beijo

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  4. oi!td bem?
    obrigada por seguir meu blog!;**

    a história ta massa!( só deu pena do gato, tadinho!hauhau)
    mas eu etou gostando sim

    bjão =*
    vlw!

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  5. HA' eu já soube que o retiro foi MARA *0* [porqueserá?]
    poisé, vo mais mudar o meu layout nao :DD [fiquefeliz] lol

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  6. Muito boa essa historia *--*
    ahh sim, amei o layout novo :]

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  7. Incrível essa história, faz um jogo de palavras que me cabulou. Amei!

    Espero mais.

    Bjim*

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  8. Oiê.
    Primeiramente queria agradecer por você estar me acompanhando, valeu mesmo!
    Queria dizer, também, que teu blog é lindoo!

    Parabéns!

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Obrigada por dar a sua opinião :)